Atualmente é comum escutar nas rodas de conversa, especialmente no meio escolar: “essa criança não fica quieta nem por um minuto sequer, não presta atenção em nada, deve ser hiperativa”.
Muitas vezes, a vida agitada que levamos não permite uma percepção que vá além do sintoma e que compreenda o que realmente está acontecendo com esta criança, adolescente ou adulto.
A agitação e falta de atenção são dois sintomas que podem ser reflexo de vários diagnósticos. Ao perceber estes indicadores, as pessoas tendem a generalizar como Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade por ser um dos principais motivos de encaminhamento de crianças para atendimento a saúde mental.
Este dado nos serve de alerta, especialmente pelo fato de que o Brasil está em segundo lugar no ranking mundial no consumo de metilfenidato*. Esta droga é mais conhecida como Ritalina e, antes de ser utilizada, é indicado que o diagnóstico seja construído por uma equipe multidisciplinar.
Não aceite rótulos prontos e sem a devida investigação. Os medicamentos psiquiátricos são necessários em muitos casos, mas devem ser utilizados com muita cautela, especialmente quando se trata de crianças e adolescentes em pleno desenvolvimento neuropsicológico.
*É de direito aos médicos a prescrição de medicamentos farmacêuticos.