Video Games e Memória: Confira o recente estudo publicado na Molecular Psychiatry

Video Games e Memória: Confira o recente estudo publicado na Molecular Psychiatry

Enquanto alguns estudos sugerem benefícios dos jogos de vídeo grame, outros apontam prejuízos. É o que aponta o artigo publicado esta semana na revista Molecular Psychiatry, elaborado por pesquisadores da Universidade de Montreal no Canadá.

A pesquisa conclui que jogos de extrema violência podem causar danos na região hipocampal, área de extrema importância na consolidação e evocação das memórias. Quer saber mais sobre este estudo?

Nesta pesquisa 100 pessoas jogaram por um total de 90 horas. Estas pessoas se dividiram em dois grupos, um deles jogando  Call of Duty e o outro grupo jogando Mario Bros, jogo de plataforma não violento.

Quem é fã de jogos conhece estas duas opções e sabe que Call of Duty é adrenalina pura do início ao fim. Baseado na Segunda Guerra Mundial, o jogador é um soldado da infantaria que deve matar o maior número de inimigos para tentar sobreviver, buscando marcar pontos recordes na mesma metralhada.

Enquanto isso, Super Mario Bros possui missões em determinados cenários que parecem seguir uma lógica. Oferece pistas (pontos de referência) e desta forma, estimula a memória espacial.

Jogos como o Call of Duty, estimulam o núcleo caudado, responsável pela formação de hábitos (memória processual de curto prazo) e inibem o uso do hipocampo. Estes jogos pressupõem uma resposta automática sem necessidade da memória mais consolidada. Segundo os pesquisadores, quanto mais essa região do cérebro é utilizada, menos a memória espacial é necessária, fazendo com que ocorra perda de massa cinzenta na região do hipocampo.

Generalizar com base em apenas um estudo parece precipitado, mas certamente ele nos aponta dados interessantes, e serve de alerta, ao menos para maior e mais profunda investigação.

Para quem joga ou tem alguém próximo que é fã de jogos como Call of Duty, vale observar os impactos que se percebe na prática. Depois lembrem de me contar o que perceberam! 😉

 

http://www.nature.com/mp/journal/vaop/ncurrent/full/mp2017155a.html?foxtrotcallback=true

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